sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Força Chape

29 de Novembro de 2016.

Se alguém me pedir, defina futebol em uma palavra, sinceramente, não conseguiria fazê-lo. Considero o futebol um misto de sentimentos e emoções que não podem ser explicados. Apenas fazem parte de minha vida. E no dia 29 de novembro de 2016, o mundo se chocou com o maior acidente aéreo envolvendo um time de futebol. O time da Chapecoense faria a sua primeira Final Internacional pela Copa Sul-americana de Futebol contra a equipe do Atlético Nacional na cidade de Medelín na Colômbia. Mas teve seu sonho interrompido, após o avião que levava a delegação da Chape, repórteres e tripulação cair a menos de 40 km do destino final levando à morte 75 pessoas das 81 que estavam no avião.
                Não vou entrar em detalhes sobre o acidente e suas causas e sim sobre a repercussão e reflexos que o acidente causou no Brasil, Colômbia e no mundo. A terça em questão, se iniciou com rumores e notícias sem muita certeza do que tinha realmente acontecido, e até então, muito se ouvia que talvez não tivesse sido nada tão grave.  Mas com o passar das horas a notícia se tornava cada vez pior chegando ao ápice da tragédia, contabilizando 75 mortes. O mundo não falava de outro assunto e o que mais chamou a atenção foi a solidariedade e a mobilização de times, jornalistas e pessoas que nem são do meio esportivo, mas sentiram a dor da Chape. E quando me refiro a Chape, me refiro não só a entidade Chapecoense, mas a familiares, torcedores, amigos, simpatizantes e todos que de uma maneira ou outra se sentiram uma parte desse Time nesse momento de dor.        
                Acontecimentos como esse nos fazem refletir quão mesquinhos e fúteis somos. Às vezes quando se trata de defender uma ideia e sendo mais objetivo, com o tema em questão, quando se trata de defender o time do coração. Quantas vezes brigamos e discutimos pelo nosso time e deixamos de lado bens maiores, como o amor e o respeito ao próximo ou simplesmente, não usamos uma camisa de certa cor por ser a cor do nosso rival. E hoje, após o acidente da Chape, a única cor que conseguimos enxergar é o preto do luto, da tristeza, por tantas vidas e famílias desfeitas. Mas não é hoje que sabemos que uma tragédia traz à tona o sentimento de compaixão e solidariedade, talvez há muito escondido dentro do coração humano. E vimos muitos exemplos nesses dias, muitos ajudando como podem; com dinheiro, doações de jogadores ou o próprio Atlético Nacional, que abriu mão de qualquer possibilidade de ser considerado campeão, fazendo um pedido formal junto à CONMEBOL para que o título fosse entregue à Chapecoense, além de fazer vigília de oração no estádio e horário que seria o jogo contra a Chape. Vimos times, como o Corinthians, abrir mão de toda vaidade e pintar seu site das cores verde e branco, que também são as cores do maior rival, o Palmeiras. O Atlético Paranaense iluminou seu estádio de verde, que também é a cor de seu rival Coritiba, astros e jogadores de todo o mundo fazendo um minuto de silêncio em respeito às vítimas. Ainda, clubes brasileiros fazerem uma petição junto a CBF, pedindo que a Chape esteja imune ao rebaixamento nos próximos três anos, vimos o Palmeiras pedir, também, à CBF a realização do último jogo do Brasileirão, que o consagrará Campeão, com a camisa da Chape. Ainda, grandes Europeus jogando com o escudo da Chape em suas camisas e aqueles que não podem alcançar a mídia, fazendo como o pequeno torcedor flagrado por um fotógrafo na arena Conda, estádio da Chape, ajoelhado, com o rosto em pranto e as mãos erguidas aos céus pedindo pelo descanso de seus heróis.
                A chapecoense sempre foi um time modesto, mas com um crescimento muito rápido, onde disputaram a série D em 2009, Série C em 2012, Série B em 2013, Série A em 2014 e permaneceu até hoje, finalista da Sul-americana e como dito por um torcedor, “Não se cansaram de subir e chegaram ao Céu”.   
                Que o acontecimento e a mobilização do mundo sirvam de lição e exemplo a todos torcedores, ou melhor, a todas as pessoas e que não esperemos o mal bater à nossa porta para que possamos demonstrar respeito e compaixão ao próximo, para que a vida se encarregue de fazer o mesmo por nós.
   Trazendo para o lado pessoal agora, como já disse, sou apaixonado pelo futebol e sofri muito com esse acontecimento e como torcedor apaixonado do Clube Atlético Mineiro, hoje mudo meu modo de torcer, continuo amando o Galo, com todas as forças, mas passo a respeitar e aceitar o Azul e todas as cores em minha vida, para que o destino não se encarregue de me ensinar pelo caminho mais doloroso que precisamos uns dos outros.  Hoje o mundo Chora pela Chapecoense, não somos alvinegros, alviverdes, rubro-negros, colorados, tricolores ou qualquer outra cor, somos todos Chapecoense! Deixo aqui os meus sentimentos e carinho pela Chapecoense e todos familiares, torcedores e amigos e o meu desejo sincero de ver a Chape se levantar e continuar sua trajetória de grandeza no futebol.
#ForçaChape

                                                                                                           Theo Tolentino

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Amar, o bem necessário

Nos dias em que vivemos devemos nos preocupar com nosso pão de cada dia, pedirmos a Deus pela nossa prosperidade, porém mais que isso devemos pedir que se for para um dia obtermos riquezas, para pisarmos em alguém ou nos esquecermos do bem maior; o amor e respeito ao próximo, que ele nos conduza a uma vida de mendigaria eterna. O mundo se torna cada vez mais corrompido por causa do dinheiro ou talvez por causa de pessoas arrogantes que se escondem atrás dele para colocarem pra fora o caráter verdadeiro. A vida nos impulsiona a crescermos, mas até quando essa necessidade de crescimento pode ultrapassar as barreiras do certo e do errado, fazendo de nós homens cegos e sem caráter? Não quero ser hipócrita em dizer que não preciso e não busco riquezas materiais até porque se não o fizesse, levaria uma vida de andarilho ou pedinte. Mas entendo que essa busca não poderá ser o que nos impulsiona a lutarmos na vida e sim, o simples fato de vivermos e vivermos bem. Che Guevara, no alto de seus idealismos tinha opinião formada a respeito disso. Ele disse: “Não nego a necessidade objetiva do estímulo material, mas sou contrário a utilizá-lo como alavanca impulsora fundamental. Porque então ela termina por impor sua própria força às relações entre os homens”. Ao mesmo tempo devemos tomar cuidado para não generalizarmos, colocando a culpa de muitos desvios morais no dinheiro, pois se não estaríamos livres da culpa e justificados de qualquer mal ou injustiça feita a outrem por causa do “malvado dinheiro”. Escolhemos quem queremos ser, somos dotados de livre arbítrio, fazendo-nos responsáveis por cada ato de conduta. Seja para o bem ou para o mal. Talvez seja por esse motivo, que em 1 Timóteo 6:10 nos fala: "Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.” Quando se ama ao dinheiro, se esquece de tudo; das raízes, dos laços, do amor verdadeiro. O amor ao dinheiro, por mais que tarde, um dia é descoberto e revelado o quão supérfluo ele é. Já o amor ao próximo, o amor à vida é visivelmente melhor a alma e ao espírito. Sendo quase palpável. O amor à vida nos traz um sentimento de felicidade que naturalmente nos fazem pessoas mais amáveis e completas. Quem dera se o homem notasse o quão bom é fazer o bem gratuito, o quão bom é ajudar sem esperar algo em troca, o quão é bom se despojar do apego material que não edifica a alma nem ao espírito. Não sei se é certo dizer que devemos ser mais humanos, pois a humanidade, a cada dia mais, se mostra indigna de referência. Amemos mais às coisas simples, ao próximo, à vida! Assim, ainda que infinitamente distante, possamos nos aproximar mais do querer de Deus e passarmos a viver melhor. A vivermos em paz. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Theo Tolentino.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Covarde! Será?



Mateus 23
3 Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos,
4 Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.
5 E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.
Sempre que se fala em Judas Escariotes, a primeira coisa que se passa pela cabeça é traição e covardia. Montamos nossos pensamentos, formamos nossas conclusões e pronto! È dado o veredicto. Mas será que alguém já parou pra pensar o que se passava na cabeça de Judas naquela época? O que muitas pessoas não sabem é que Judas era um homem muito equilibrado, ao contrário do que se imagina, de modo que a responsabilidade do cargo de tesouraria entre os apóstolos era sua. Judas, caráter firme, não titubeava em suas ações e também em assumir suas responsabilidades. Podemos ver no versículo 5 de Mateus 23, que ele voltou arrependido aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, devolvendo-lhes as moedas de ouro, e assumindo ter pecado entregando um homem inocente. E não podemos nos esquecer que a pessoa em questão se tratava de Jesus, o homem que com certeza, receberia a confissão de arrependimento de Judas, o perdoando.
Acredito que Judas não imaginava que seu ato acarretaria tais acontecimentos com Jesus, prova disso é o abatimento que lhe acometeu e seu arrependimento ao ver Jesus sendo humilhado daquela maneira.
Algo que também é motivo de comentários e acusações, seu suicídio. Já dito antes, Judas era um homem muito equilibrado, fato comprovado quando nas conversações da bíblia, vemos vários momentos, em que os apóstolos se dirigiam até mesmo a Jesus sem medir suas palavras, enquanto Judas era cauteloso com as suas, agia na maioria das vezes, após certa reflexão. Daí, o que poderia levar aquele homem a se matar? Essa é a questão em que a maioria das pessoas já tem um ponto de vista formado, covardia! Mas seria mesmo? Ainda nos dias de hoje, ao vermos uma notícia de um homem que se matou, já levantamos inúmeras acusações, pesamos na dor da família, pensamos na falta de responsabilidade de um pai ao deixar seus filhos, e até mesmo o intitulamos de covarde pelo fato de ter desistido da vida! Raramente paramos para pensar, o que se passava na vida daquela pessoa, nunca imaginamos como ele se sentiu segundos antes de puxar o gatilho contra a própria cabeça, ou se jogar do alto de um edifício, o quanto aqueles minutos devem ter sido agonizantes e de sofrimento inexplicável para aquela pessoa. Colocamos-nos no lugar de Deus em ocasiões como essas, nos apressamos em definir o porquê do acontecimento, e nos atrevemos a apontar se aquele homem tem salvação ou não. Devemos entender que Deus não precisa da nossa ajuda para isso, quantas pessoas que por um surto psicótico, uma perturbação emocional não acabam com suas vidas e já passam a serem os covardes da vez? Geralmente, quando pessoas estão passando por momentos de adversidades nos omitimos e não procuramos saber se podemos ajudar essa pessoa a sair desse cárcere, que às vezes os levam ao suicídio, porém basta acontecer e as mesmas pessoas se apressam em decretar sua condenação.
No caso de Judas, vemos que após ter se arrependido e confessado aos sacerdotes, eles disseram: "Que nos importa? Isso é contigo" e despejam em Judas toda a culpa. Quando Judas ouviu tal declaração imaginem o que se passou em sua cabeça, o sentimento de culpa e desespero que inundou sua alma. Quando olhava para lado procurando o único homem que poderia o aliviar desse fardo dizendo "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei" ele não o encontrava, pois ele mesmo, Judas, O havia entregado à morte. Certamente, naquele momento ele se viu sem saída e sozinho, pois o homem o qual chamara de amigo, até mesmo no ato de sua traição, já não estava ali. Portanto, sejamos mais prudentes, e nos preocupemos mais com as pessoas, e ajudemos antes de tais fatos acontecerem, e se chegarem a acontecer, deixemos esse julgamento nas mãos do único que tem poder e autoridade para isso, o autor da vida, Jesus Cristo!

Theo Tolentino.

sábado, 4 de abril de 2009

O Poder da Influencia


Estudar o comportamento humano não é nada simples, pois além do homem possuir uma variação temperamental constante também é dotado de personalidades diferentes. Há pessoas que são mais aptas a liderar, como há outras que se encaixam no papel de seguidores, ou seja, dependem de um líder para tomar a maioria de suas decisões. Mas até que ponto isso pode interferir na vida de uma pessoa, e até onde essas pessoas são capazes de influenciar outras pessoas ou se deixar levar por idéias muitas vezes errôneas?
Há alguns anos, o mundo chocou-se com o suicídio em massa de aproximadamente 900 pessoas na Guiana da América do Sul. Essas pessoas faziam parte de um grupo denominado Templo do Povo, que liderados por Jim Jones, abandonaram tudo que tinham, dando todos seus bens e formando essa comunidade isolada em meio à selva. Jim Jones impunha-lhes uma liderança forçada onde não se podia nem opinar a respeito das regras e dos sermões dados por ele, e aqueles que se opunham eram severamente castigados. Preocupado com a situação dos membros, o congressista pela Califórnia Leo Ryan, fez uma visita a Jonestown onde se revoltou com as inúmeras maldades ocorridas naquele lugar. Ao sair dali, Leo Ryan e alguns membros insatisfeitos que o acompanhava foram assassinados a tiros.
Ciente que o governo não se alheiaria à tal situação, Jim reuniu todos para o que seria o último sermão, e depois de um longo discurso, convenceu seu povo a beber um suco envenenado. As mães dariam primeiramente aos filhos e em seguida beberiam, totalizando cerca de 900 suicidas.
Qualquer um que olhar essa história, resiste em acretidar, mas Jim possuia uma arma muito poderosa e sabia usá-la muito bem. Com sua influência conseguiu levar aquelas pessoas ao suicídio. Pessoas que não têm expectativa de vida, facilmente se deixam levar por idéias formadas por outros e nesse caso, Jim se dirigiu à pessoas oprimidas e marginalizadas nos EUA. Muitas vezes, pessoas fragilizadas, se tornam receptivas a ajuda, e isso lhes impulsionam seguir por caminhos que o diabo coloca à sua frente como uma solução para tal situação.
Jesus, para muitos, é o líder mais influente da história, capaz de fazer sermões que duravam horas e mesmo assim, os que o assistiam não se cansavam e ainda o procuravam pra saber mais a respeito dos assuntos que Ele ensinava. Até mesmo os grandes líderes da época eram atingidos pela inteligência e a sabedoria Dele. Pilatos, mesmo acostumado a entregar homens à morte em seus julgamentos sem algum remorso, viu-se incomodado e intrigado com o modo de falar e agir daquele Homem à sua frente, ao ponto de sentir medo das consequência de Sua morte.
Qual a diferença do método de persuasão usado por Jim Jones e Jesus? Jim, era um homem que depois de expor suas idéias, de um modo discreto e sutil, impunha às pessoas a aceitarem aquilo, como se fossem um elefante que quando novo foi preso por uma fina corrente e mesmo lutando pra se livrar não consegue. Ele cresceu, fortaleceu pra quebrar uma corrente dez vez mais forte, mas a idéia que não possuia forças ainda estava em sua mente, levando-o a nem tentar se libertar. Jim impunha-lhes uma falsa sensação de liberdade, enquanto Jesus passava seus ensinamentos e o povo O seguia sem persuasão e sim pelos frutos que aquela palavra fazia brotar na vida de cada um. Vemos prova disso quando Tiago e João se enfureceram porque o povo não deu ouvido ao que eles tinham pregado e perguntaram a Jesus se podiam orar para que fogo descesse dos céus e os consumisse, Jesus os reprendeu como relata a Palavra:
Lucas 9:54
54
E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?
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Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois.
56
Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.

É bom inteirarmos da palavra de Deus para discernirmos se o que vem a nós é de Deus ou de pessoas como Jim, que através da influência e persuasão podem nos levar a caminhos da destruição afastando-nos da simplicidade do evangelho.

Theo Tolentino

terça-feira, 31 de março de 2009

Brasil, Mãe gentil para poucos


Enquanto o solo fértil apodrece em mãos burguesas, pobres andam sem rumo à procura de um pedaço de terra para plantar, o que seria o sustento de suas famílias. Enquanto a criança de trajes finos brinca nos jardins de uma casa na praça central, pode se ouvir, em meio aos sinais, os gritos de crianças em meio aos carros tentando ganhar seu pão de cada dia, às vezes com uma balinha, às vezes com uma flor, onde raramente ganham uma moeda ou a sobra de um lanche mal acabado pelos magnatas que na maioria das vezes só se atrevem a olhar através de um fumê blindado para essa realidade, pois é bem mais fácil fingir que tudo isso faz parte do meio social do que levantar a mão para poder ajudar.Gonçalves Dias disse um dia: “Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá”... Mas onde se encontram essas palmeiras? Talvez sufocadas pelos imensos e monstruosos edifícios e mansões que surgem do nada. E esse sabiá? Onde se escondeu essa ave, que talvez até já tenha morrido pela poluição que sufoca e mata milhares de seres! Na necessidade de crescimento, o homem se torna vazio, deixa de lado os valores éticos e mais do que isso, o amor ao próximo, para colocar seus planos e desejos em ação, não se importa com a natureza, e até mesmo com seu próximo. Hoje, muito se especula a respeito da Nacionalização da Amazônia, e o que vem de imediato em nossas cabeças, é um sentimento de perda enorme, enquanto esta nossa fonte de vida perde o equivalente a 1,5 campo de futebol por minuto, por causa do desmatamento, e com isso ninguém se importa. Sabe por quê? Porque é bem mais fácil virar o rosto e ignorar o problema do desmatamento, do que aceitar a possibilidade de perdermos a soberania sobre a Amazônia, e ninguém percebe é que já estamos a perdendo aos poucos.
Muitos afirmam, sem medo de errar, que nosso país é privilegiado, não temos vulcões, nem terremotos. . . Mas quem está sabendo aproveitar isso? De que adianta não termos terremotos, se o próprio homem racha e empobrece o nosso solo? De que adianta não termos vulcões, se o próprio homem incendeia esse verde de nossas matas?
Vivemos dentro de uma cadeia social, enquanto a família nordestina percorre muitos quilômetros de distância com um pote na cabeça em busca de água suja para beber. A limpa burguesa goza da sua calçada lavada, tudo isso para tirar a poeira que cobre seus estabelecimentos. Mas o que lhe importa isso? Importa-lhe seu filho estar dentro de uma escola particular, longe de toda e qualquer violência que o mundo pode oferecer.
É necessário abrirmos os olhos e aprendermos a encarar os problemas do nosso país, a levantarmos com a intenção de fazer qualquer coisa que venha a contribuir para o bem estar da nossa nação, e por mínima que seja a nossa contribuição, já é um começo.
A teoria do caos diz que “O bater de asas de uma simples borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo” e com nossas atitudes não deve ser diferente, basta começarmos a agir, em vez de nos conformarmos a cada dia que se passa.

Theo Tolentino

Grandes Líderes


Isaías 29:13 Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído;
Hoje muitas pessoas têm buscado uma adoração íntima e verdadeira com Deus, fazem o possível para se ver bem diante do Criador, e enquanto isso é feito, acaba acontecendo a cauterização das mentes de muitos.
Em Isaías, 29:13, o Senhor nos mostra as suas idéias em relação ao apego a mandamentos feitos por homens, onde na maioria das vezes pessoas se prendem a coisas que de nada elevam o reino de Deus, mas só massageiam o ego dos grandes líderes de hoje, que por sua vez, se erguem em um altar de arrogância e prepotência, se esquecendo que Jesus, na sua grandeza e soberania, abriu mão do título de Deus e nunca se importou com nenhum título!
Em vários momentos na vida de Jesus, percebemos o quanto Ele desprezava os títulos que Lhe eram impostos pelo povo, e o mais interessante disso tudo, Ele nunca fez a menor questão de ser chamado de líder ou de mestre, mas as Suas atitudes faziam que o povo O chamasse assim, ou seja, Ele nunca impôs isso, e sim o fez por merecer.
Em Mateus, 18:4, mais uma vez Jesus mostra o que quer de cada um, Ele diz que “aquele que se fizer HUMILDE como um menino, esse é o maior no reino dos céus” Sendo assim, vemos um grande contraste com o que acontece hoje, pois enquanto o Senhor Jesus diz para sermos humildes a ponto de nos colocarmos no lugar de uma criança, os grandes de hoje, se intitulam líderes e mestres, impondo regras e mandamentos a seus seguidores.Temos de nos colocarmos em posição de “pó”, pois Deus se agrada dos humildes, exemplo, é que Paulo, um dos maiores homens da bíblia diz ser o lixo do mundo.
Em Colossenses, Paulo nos ensina sobre o que é ser livre em Cristo, e nos exorta em relação ao julgo dos homens quando ele diz o seguinte:
Colossenses 2
“ 20 Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como:21 Não toques, não proves, não manuseies?22 As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens;23 As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne. “
Quando nos tornamos novos em Cristo, já não são as regras ou mandamentos que nos vão tornar retos, mas sim o Espírito Santo e passamos a nos manter em um caminho reto, não para saciar a vontade ou o caráter humano somente, mas sim para cumprirmos com a vontade de Deus e não fazemos isso por obrigação, pois Deus nos dá o livre arbítrio.Voltando um pouco em Colossenses, 2: 8, 9 e 10, Paulo diz: “ 8: Tenha cuidado para que ninguém os ESCRAVIZE a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo.” 9: Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade,10: e, por estarem nele, que é o cabeça de todo poder e autoridade vocês receberam a plenitude.
Sendo assim, temos de sempre seguir com a mente focada em Cristo, que é o único caminho de chegarmos a salvação. Não podemos nos esquecer que devemos ser submissos aos nossos líderes como a palavra diz, mas ao mesmo tempo, temos de ter discernimento para saber qual é a vontade de Deus em nossas vidas, como Paulo diz, o fez prisioneiro, mas prisioneiro de Cristo! E cada vez mais devemos buscar enxergar o evangelho como ele é, sem nenhum interesse próprio ou visão que não venha a ser de Deus.

Theo Tolentino